Narrativas Militares - A Revolução do Rio Grande do Sul

Capa da obra pela editora EDIGAL.
Em minha última visita a célebre Martins Livreiro da rua Riachuelo, em Porto Alegre, dentre outras coisas (um exemplar de INVASÃO, de Larry Niven e Jerry Pournelle, e uma edição novíssima de A Casa das Sete Mulheres, que há muito tempo tinha prometido para minha esposa, ambos por R$ 20,00) encontrei esse livro.

Escrito por José Carvalho Lima, natural do Ceará, o livro, escrito 11 anos após os acontecimentos, conta a história do rapaz, quase um menino, que abandonou a Escola Militar do Ceará e sentou praça no exército, chegando a Porto Alegre em março de 1893 junto a um corpo de infantaria, enviado para auxiliar os "pica-paus" do Dr. Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado e outros bravos, a combaterem os "maragatos" do Dr. Gaspar Silveira Martins, Gumercindo Saraiva, e outros tantos tão bravos quanto.

Grandes acontecimentos da Revolução, como as degolas do Rio Negro (hoje pertencente ao município Hulha Negra) ou do combate do Boi Preto, os cercos de Bagé e da heróica Lapa, dentre outros, são contados na obra, embora o autor tenha participado de tais eventos, mas os descreve de forma enxuta e leve, sem se prender a detalhes minúsculos, mantendo o bom ritmo da narrativa.

Outros eventos, como a marcha da Divisão do Norte e o combate do Carovi, onde feriu-se mortalmente o caudilho uruguaio Gumercindo Saraiva, e as conseqüências deste são narradas com a emoção de quem deles participou.

Trata-se de uma leitura obrigatória para qualquer pessoa que queira conhecer a fundo a história dos alicerces da nossa república e descobrir uma guerra cruel e sanguinária, travada entre irmão e temperada com ódios políticos regionais, que ainda hoje é repudiada e se pudesse seria riscada dos nossos livros de história (onde consta de forma breve e resumida).

Chefes maragatos na Revolução Federalista.

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