Ozzy - Parte I: A adoção

Eu sempre quis um cão da raça Bloodhound, também chamado de Cão de Santo Humberto, desde que comecei a conhecer mais profundamente as diversas raças e suas particularidades; e também tive maturidade pra saber que não seria tão fácil ter um warg ou um cérbero.
Ozzy na nossa antiga casa na Rua Brasil, logo após a adoção.
Dessa forma, quando minha companheira de trabalho, a dona Solange Fredeireichstangstbwerh, me mostrou no  blog Amigo Bicho que em Jaraguá do Sul havia quatro Bloodhounds adultos para adoção ( dois macho e duas fêmeas), eu não perdi tempo, nem para pedir a opinião da minha esposa, e entrei em contato com o pessoa da ONG da cidade vizinha responsável pela adoção.
Após uma semana de contatos por e-mail, telefone e uma avaliação presencial da nossa antiga casa, para ver se tínhamos condições de dar um bom tratamento para o patudo, marcamos para uma sexta-feira a adoção. Esse tempo seria necessário para a castração do Ozzy, visto que a ONG só o entregaria com essa condição. Eu protestei contra essa exigência desde o inicio, por um inerente sentimento de solidariedade masculina, mas não obtive exito. Era isso ou não o entregariam.
Pois bem, aceitei, mas não antes de me impor a condição de que fária tudo ao meu alcance para compensar o pobre animal por esse ato.
Os quatro animas da raça Bloodhound, e mais uns 12 SRD's, foram apreendidos de um criador que, pelo que pude entender, perdera o interesse nos animais e os deixou de qualquer jeito, com comida e cuidados insuficientes.
Até então eu não sabia qual dos dois macho eu adotaria, embora tenha pedido, veementemente, o "capa preta", apenas dois dias antes da data marcada tive certeza de qual seria o novo membro de nossa família, pois meu contato na ONG ligou informando que o outro cão, um apenas da cor caramelo, não havia resistido a castração devido a sua debilidade pelos maus tratos. O Ozzy, por outro lado, havia sobrevivido e se recuperava bem.
Na sexta-feira marcada, após as 18hrs, eu e minha esposa saímos em busca do Ozzy, que ainda não tinha esse nome, e consegui encontrar, em uma cidade que, apenas de ser próxima, eu conhecia apenas de passagem, o Pet Shop para onde ele foi encaminhado após o resgate, e onde foi castrado.
Posso dizer que tivemos empatia logo no inicio, pois quando as atendentes foram até o canil buscá-lo, ele recusou-se a vir, mas quando eu fui e comecei a chamá-lo, veio, não sem um certo receio, mas no geral de forma tranquila.
Paguei os valores referentes a castração e comprei uma focinheira, apenas por precaução caso ele viesse a se estressar com a viagem.
O retorno tornou-se lenda em nosso circulo de convivência, pois pelo tamanho do patudo não seria recomendado trazê-lo no porta-malas,  e por não saber que intimidade o mesmo tinha com viagens de automóvel não poderia apenas colocá-lo sobre o banco e contar que ficaria calmo observando a paisagem, como o Marley costuma fazer.

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