Um homem fora do tempo
Autor: Mano Lima
É na fumaça que se conhece um taura
É neste mundo que quero mostrar quem sou
Se é na guerra que o soldado pega o nome
Pois foi na guerra que o gaúcho se criou.
Tem o gaúcho da boca pra fora
Mas também tem o que é do coração pra dentro
Se tenho cerne na garganta é de pau ferro
Por isso berro e quando canto me sustento.
O homem foge dos seus princípios
E o mundo em direção da perversidade
Se vivo peleando solito é porque sou peão de estância
E trago de herança o respeito e a hombridade
Quando a moral se entrega
O homem chega a seu próprio fim
Mas debaixo na macega
Se esconde o melhor capim
Debaixo do meu sombreiro
Tem um bugre missioneiro peleando dentro de mim.
Já de cavalo aplastado
Eu venho bem cortado e não vou me entregar
Só com a cabo da adaga
Meu corpo é uma chaga de tanto pelear.
Bolicheiro me de um trago pra me clarear a visão
E um punhadito de bala pra arrumar a fala do meu nagão.
Que me valeria a vida se no perigo eu fosse disparar?
O que vale a liberdade pra quem é covarde e não sabe pelear?
Um homem o mundo não leva quando tem sangue nas veias
Eu venho vindo da terra onde o touro berra e o taura peleia.
Que me valeria a vida se no perigo eu fosse disparar?
O que vale é a liberdade pra quem é covarde e não sabe pelear?
Amigo bota outro trago e saiba porque peleei
Foi porque os homens mudaram e se acadelaram e eu não acompanhei.
É na fumaça que se conhece um taura
É neste mundo que quero mostrar quem sou
Se é na guerra que o soldado pega o nome
Pois foi na guerra que o gaúcho se criou.
Tem o gaúcho da boca pra fora
Mas também tem o que é do coração pra dentro
Se tenho cerne na garganta é de pau ferro
Por isso berro e quando canto me sustento.
O homem foge dos seus princípios
E o mundo em direção da perversidade
Se vivo peleando solito é porque sou peão de estância
E trago de herança o respeito e a hombridade
Quando a moral se entrega
O homem chega a seu próprio fim
Mas debaixo na macega
Se esconde o melhor capim
Debaixo do meu sombreiro
Tem um bugre missioneiro peleando dentro de mim.
Já de cavalo aplastado
Eu venho bem cortado e não vou me entregar
Só com a cabo da adaga
Meu corpo é uma chaga de tanto pelear.
Bolicheiro me de um trago pra me clarear a visão
E um punhadito de bala pra arrumar a fala do meu nagão.
Que me valeria a vida se no perigo eu fosse disparar?
O que vale a liberdade pra quem é covarde e não sabe pelear?
Um homem o mundo não leva quando tem sangue nas veias
Eu venho vindo da terra onde o touro berra e o taura peleia.
Que me valeria a vida se no perigo eu fosse disparar?
O que vale é a liberdade pra quem é covarde e não sabe pelear?
Amigo bota outro trago e saiba porque peleei
Foi porque os homens mudaram e se acadelaram e eu não acompanhei.
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