Portal Neuromancer
Director’s Cut – Fabio Fernandes
Com tanta certeza quanto dois mais dois nesse plano são quatro, creio que todo aficionado por cinema cria e mantém em sua mente um filme especial, particular, que nunca foi exibido em nenhuma sala de projeção, exceto aquela mantida por suas sinapses, localizada nos recônditos mais profundos de sua imaginação. Seja o clássico nunca filmado Napoleão, dirigido e roteirizado por Stanley Kubrick, ou a versão que o mesmo gênio teria feito com A.I.; o Rambo – Programado Para Matar com Al Pacino ou Dustin Hoffman no papel principal; ou até mesmo O Coração das Trevas, dirigido por Orson Welles, com o próprio interpretando magistralmente o legendário Kurtz muito antes de Marlon Brando imortalizar o personagem.
Eu tenho os meus filmes particulares, sendo que o mais importante deles é uma guerra de rancheiros, cujo título eu nunca criei, onde os personagens principais são interpretados por ícones como Steve MacQueen, Charles Bronson, Gene Hackaman, entre outros. Criar esses roteiros é a mesma coisa que montar um imenso quebra-cabeças em sua imaginação, criando novas tramas ou remendar e mudando tramas já criadas e a muito pacificadas. É como ter em suas mãos, ou mente, o poder de um Beyonder, criando novos mundos ao seu bel-prazer.
É isso, esse universo, que até então se restringia apenas aos confins da mente de um cinéfilo, tornando-se uma realidade papável que o conto Director’s Cut, de Fabio Fernandes, nos mostra. Dois amigos desfrutando do prazer de ver essas obras que até então só existiam na imaginação, vindas de diversas vertentes de universos paralelos ao nosso, e das dúvidas e questões que se apresentam junto às maravilhas que seus olhos contemplam maravilhados e que sua mente absorve, degustando cada momento.
O preço a ser pago pela visão de tais obras, aos olhos dos apaixonados, jamais será caro a ponto de ofuscar o prazer de sua contemplação.
Aquela Claridade Intensa Turvou-lhe a Razão – Geraldo Lima
H. P. Lovecraft, no século XX, foi um gênio em matéria de loucura. Realidade e insanidade mesclavam-se nas mentes de suas personagens até o ponto de que as mesmas não possuíam a menor capacidade de distinguir entre o absurdo mundo ao qual seus sentidos presenciavam e o que era apenas invenção de suas mentes atormentadas. Loucura, razão, ilusão e realidade bailavam fundindo-se e separando-se novamente, ficando nublado se a loucura estava dentro de cada personagem ou se cada personagem estava dentro de uma loucura maior chamada existência.
É em um turbilhão de realidade versus insanidade, nesse molde, em que Geraldo Lima nos joga em seu conto Aquela Claridade Intensa Turvou-lhe a Razão, onde um psiquiatra sente-se tragado para dentro da mente insana de um novo paciente. A insanidade do paciente é uma incógnita em seus relatos, podendo ser uma expressão de uma mente perturbada e doentia, criando realidades monstruosas onde possa se encaixar com sua loucura, ou o relato fiel de um mundo monstruoso onde todos habitamos, mas sem tomarmos consciência disso.
A confusão aumenta a ponto de o médico não saber mais o que foi relatado pelo paciente, e o que ele próprio imaginou e transcreveu, restando em sua mente o desejo de saber o que era realidade e o que não era.
Outros contos que me chamaram a atenção, mas por um motivo ou outro não resenhei:
Concha do mar – Roberto de Sousa Causo
O triângulo de Einstein – Ataíde Tartari
Aço contra osso – Luis Brás
O templo do amor – Ana Cristina Rodrigues
Com tanta certeza quanto dois mais dois nesse plano são quatro, creio que todo aficionado por cinema cria e mantém em sua mente um filme especial, particular, que nunca foi exibido em nenhuma sala de projeção, exceto aquela mantida por suas sinapses, localizada nos recônditos mais profundos de sua imaginação. Seja o clássico nunca filmado Napoleão, dirigido e roteirizado por Stanley Kubrick, ou a versão que o mesmo gênio teria feito com A.I.; o Rambo – Programado Para Matar com Al Pacino ou Dustin Hoffman no papel principal; ou até mesmo O Coração das Trevas, dirigido por Orson Welles, com o próprio interpretando magistralmente o legendário Kurtz muito antes de Marlon Brando imortalizar o personagem.
Eu tenho os meus filmes particulares, sendo que o mais importante deles é uma guerra de rancheiros, cujo título eu nunca criei, onde os personagens principais são interpretados por ícones como Steve MacQueen, Charles Bronson, Gene Hackaman, entre outros. Criar esses roteiros é a mesma coisa que montar um imenso quebra-cabeças em sua imaginação, criando novas tramas ou remendar e mudando tramas já criadas e a muito pacificadas. É como ter em suas mãos, ou mente, o poder de um Beyonder, criando novos mundos ao seu bel-prazer.
É isso, esse universo, que até então se restringia apenas aos confins da mente de um cinéfilo, tornando-se uma realidade papável que o conto Director’s Cut, de Fabio Fernandes, nos mostra. Dois amigos desfrutando do prazer de ver essas obras que até então só existiam na imaginação, vindas de diversas vertentes de universos paralelos ao nosso, e das dúvidas e questões que se apresentam junto às maravilhas que seus olhos contemplam maravilhados e que sua mente absorve, degustando cada momento.
O preço a ser pago pela visão de tais obras, aos olhos dos apaixonados, jamais será caro a ponto de ofuscar o prazer de sua contemplação.
Aquela Claridade Intensa Turvou-lhe a Razão – Geraldo Lima
H. P. Lovecraft, no século XX, foi um gênio em matéria de loucura. Realidade e insanidade mesclavam-se nas mentes de suas personagens até o ponto de que as mesmas não possuíam a menor capacidade de distinguir entre o absurdo mundo ao qual seus sentidos presenciavam e o que era apenas invenção de suas mentes atormentadas. Loucura, razão, ilusão e realidade bailavam fundindo-se e separando-se novamente, ficando nublado se a loucura estava dentro de cada personagem ou se cada personagem estava dentro de uma loucura maior chamada existência.
É em um turbilhão de realidade versus insanidade, nesse molde, em que Geraldo Lima nos joga em seu conto Aquela Claridade Intensa Turvou-lhe a Razão, onde um psiquiatra sente-se tragado para dentro da mente insana de um novo paciente. A insanidade do paciente é uma incógnita em seus relatos, podendo ser uma expressão de uma mente perturbada e doentia, criando realidades monstruosas onde possa se encaixar com sua loucura, ou o relato fiel de um mundo monstruoso onde todos habitamos, mas sem tomarmos consciência disso.
A confusão aumenta a ponto de o médico não saber mais o que foi relatado pelo paciente, e o que ele próprio imaginou e transcreveu, restando em sua mente o desejo de saber o que era realidade e o que não era.
Outros contos que me chamaram a atenção, mas por um motivo ou outro não resenhei:
Concha do mar – Roberto de Sousa Causo
O triângulo de Einstein – Ataíde Tartari
Aço contra osso – Luis Brás
O templo do amor – Ana Cristina Rodrigues
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